Dia 4 -
Angústia - Angústia já deu nome a um livro para dizer coitadinhos dos guarda-redes na marca de penalty. Se há lugar ou momento onde o guarda-redes não é nenhum coitadinho é o momento de uma grande penalidade, precisamente por não ter nada a perder. Sim senhor que está ali para dar o peito, mas só está a dar o peito a uma bala de couro. Nos penaltys, o guarda-redes só está a correr o risco de ser herói da partida, da competição, da nação ou do mundo.
Já se tentou rever esta história, colocando antes a angústia no pé do jogador que assume a marcação de um lance sem barreira a onze metros da baliza. Não me parece que angústia seja o termo mais certo para escrever nas costas de um homem que caminha desde meio campo com a obrigação de colocar a bola na rede.
Angústia, angústia sofre o jogador que pelo meio de qualquer volta infeliz num jogo de futebol, coloca, sem qualquer intenção de o fazer, a bola na própria baliza. Isso é que é angústia. Aconteceu ao dinamarquês Christian Poulsen, que abriu caminho ao triunfo da Holanda. Angustiante. E capaz de dar uma verdadeira dor de baliza.
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