21.5.10

Memórias de uma quarta

A cor do sol anda a enganar o termómetro pela ocorrência de ter uma aventura com o vento. Isso começa a ser um atraso de vida. A luz vista da janela do segundo andar induz o corpo a cobrir as partes com roupa sem mangas, isto no respeitante aos membros superiores, e tecidos mais finos e calçado leve para as partes comuns ao rés-do-chão de uma pessoa. E o corpo assim faz, assim indo degraus abaixo na direcção da rua. Ao abrir ao porta é estar a abrir a caixa dos segredos térmicos. O vento não sai da beira da cor do sol. O pobre termómetro, guardado no armário dos medicamentos lá de casa, não faz a mais ténue ideia dos factos. A solução é subir e abrir o armário da roupa com muito cuidado, para que este não se aperceba e não vá de contar tudo ao primo afastado, o armário dos medicamentos. E abrindo então silenciosamente o armário da roupa, escolhe-se um casaco de meia estação. É remédio santo. O corpo não vai ser afectado pelo caso verificado entre a cor do sol e vento. O termómetro continua a acreditar na luz que vê pelo vidro da janela. E vai medindo os dias pela cor do sol.

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